Bruna
Ramos, Caroline
Badin e Felipe
Teruel
Conversando com pais e alunos de escolas municipais da cidade de Ribeirão Preto, uma das reclamações é de salas de aulas cheias de livros didáticos seminovos que ficam parados em espaços das instituições. A maioria desses livros está em bom estado e foi utilizado durante três anos pelos alunos, este é o tempo de renovação dos livros didáticos das escolas de todo país. No entanto, após estes três anos boa parte das escolas não sabe o que fazer com este material
Na cidade de Ribeirão Preto todos os livros didáticos utilizados nas escolas publicas são adquiridos através do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) feito pelo Governo Federal. Para participar do programa as Secretárias da Educação do Município precisa se cadastrar no programa.
Para participar do Programa Nacional do livro didático as escolas da rede pública de ensino, devem aderir ao programa do Programa Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE). As escolas da rede pública de ensino fazem as solicitações dos livros que serão usados pelos alunos. A solicitação precisa ser feita até o mês de maio do ano anterior, dessa forma evita possíveis problemas na distribuição. Depois que as escolas escolherem os livros, o FNDE negocia com as editoras a aquisição e as escolas recebem o material no prazo adequado ao ano letivo.
O PNLD distribui livros a cada três anos para as cidades cadastradas, com a constante distribuição, nos últimos anos as escolas publicas vem passando por problemas com o destino dos livros didáticos. Segundo Maria Ângela Marchi, assistente técnica educacional da Secretária Municipal de Educação de Ribeirão Preto, o destino dos livros é de livre escolha das diretoras de escolas, “se ela quer adotar como livro de consulta, ou se vai ficar com o aluno após o uso, ou até mesmo se vai doar há alguma instituição filantrópica”.
Segundo a estudante da segunda série do ensino médio da Rede Estadual de Ensino, Isabella Calil Garcia em sua escola já faltaram livros. “No começo do ano não tinha livro para todos da escola, e tínhamos que sentar em dupla”, diz Calil.
Com a má instrução das diretoras sobre o destino final dos livros didáticos, podem acontecer erros como o do dia 26 de junho de 2009, na Escola Estadual Eugenia Vilhena de Moraes, em Ribeirão Preto, onde foram encontrados em uma caçamba 1800 livros didáticos. Na época a diretora e sua vice foram afastadas do cargo. Até hoje ambas não foram julgadas e o caso caiu no esquecimento da população.
Livros
didáticos jogados no lixo na Escola Estadual Eugenia Vilhena de Moraes, em
Ribeirão Preto, o caso aconteceu em 29 de junho de 2009. Foto: Silva Junior/Folha Imagem 1
A nossa reportagem entrou em contato com a Secretária Municipal de educação de Ribeirão Preto, para entrevistar diretores de escolas mas não obteve autorização até o fechamento da reportagem. A delegacia de ensino de Ribeirão Preto também não respondeu a solicitação.
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